terça-feira, 2 de setembro de 2025

itabapoana pedra pássaro poema

estava assim ankara  meio sorocaba meio araraquara perdido entre a turquia stella guanabara mário tinha febre quando inventou macunaíma numa semana não santa também tenho febre na garganta e me espanta o adiantado da hora 

Artur Gomes 

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https://arturgumes.blogspot.com

ainda que fosse só saudade ou essa jura secreta não fosse mais nada mesmo assim nessa madrugada pensei o quanto ainda queria e não fizemos a poesia ficou inacabada esperando outras palavras dentro do quarto antes que o sol pudesse romper a virgindade de portas e janelas para um novo dia

Artur Gomes
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Itabapoana Pedra Pássaro Poema

Poesia Alquimia Bruxaria

Artur Gomes e sua gang baudelérica

em breve primeira versão em e-book

 

ainda não disse que te amo mas não se assuste o beijo está guardado debaixo dos tecidos que cobrem o esqueleto à flor da pele na carne onde a palavra mora e a lavra aplaca qualquer ferida deixada por alguém que já foi embora

muitas coisas muitas vezes tão distantes me parecem tão presentes que o ausente evapora como éter eternamente simplesmente o rio escorrega por entre pedras e seixos e a vida segue o curso da corrente numa boa a pedra que rola sob o leito d´água muitas vezes voa


cidade veracidade

                 campos 189

 

transverso atravesso esta cidade

que me atravessa em seu silêncio

ouço o gemido dos teus ecos

por ruas avenidas e vielas

sinto saudade dos terreiros de jongo

nas favelas  e as lavadeiras

das pinturas aquarelas

em teus aceiros  fiz meus trilhos

em cada  trilha dos meus traços

no encontro ao ururau no cais da lapa

teu por do sol pode ser beijo

ou também tapa

quando olho a catedral  e seu contorno

seres famintos alimentando o desalento

me solto ao vento quando penso o infinito

beijo teu rio

o paraíba que me leva

em teu lamento

me concentro em minha reza

 

Artur Gomes

https://fulinaimagens.blogspot.com/ 



NATUREZA MORTA

A aranha tece a vida
e espera a mosca
Como a raiz se enterra
e aguarda a árvore e os frutos
Só eu não espero
nem a mosca nem os frutos
Só eu teço o nada


ÓVULO II


a cada poema
que se faz
adia-se a morte
até a manhã
de um novo
poema


Tanussi Cardoso

com os dentes cravados na memória

em Bento Gonçalves Rio Grande do Sul de 1996 a 2016 era realizado o Congresso Brasileiro de Poesia, onde  todos os cantos e recantos da cidade por uma semana eram vestidos de poesia, praças, ruas, hospitais, manicômio e principalmente as Escolas.  

poema atávico

 

e se a gente se amasse uma vez só a tarde ainda arde primavera tanta nesse outubro quanto de manhãs tão cinzas nesse momento em Bento Gonçalves Mauri Menegotto termina de lapidar mais uma pedra  tem seus olhos no brilho da escultura confesso tenho andado meio triste na geografia da distância esse poema atávico tem  a cor da tua pele a carne sob os lençóis onde meus dedos ainda não nasceram algum deus  anda me pregando peças num lance de dados mallarmaicos comovido ainda te procuro em palavras aramaicas  e a pele dos meus olhos anda perdida em teu vestido

 

Artur Gomes

Diretor do Departamento Audiovisual

Do Proyecto Cultural Sur Brasil

Fulinaíma MultiProjetos

22 99815-1268 – zap

fulinaima@gmail.com

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    poema a(r)mado 

 

todo os dias

 capino a esperança 

escavando outras palavras 

 no chão desse quintal 

 e quando escrevo 

com enxada

 o poema é mais real

 

Artur Gomes

Poema do livro Pátria A9r)mada

2ª Edição – Desconcertos Editora – 2022 – Prêmio Oswald de Andrade- UBE-Rio – 2020

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cacomanga 

 na roça desde cedo comecei a escavar palavras e separar uma das outras de acordo com o seu significado dar farelo de milho para os porcos e olhadura de cana para o gado aprendi que no terreiro não dependo de mercado e para que urbanidade se a cidade não tem paz com a enxada capinei a liberdade e descobri que ditadura é uma palavra que não cabe nunca mais

 

Artur Gomes

Poema do livro Pátria A9r)mada

2ª Edição – Desconcertos Editora – 2022 – Prêmio Oswald de Andrade- UBE-Rio – 2020

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Afrodite

 

para a  nova Pimenta do Reino

 eu falo eu fauno eu fumo

na espuma dos mares

de Zeus ou Vulcano

nos cornos do americano

 na pele clara da gema

nas brumas de Ipanema

ou nas Dunas do Barato

 

na era Atenas me disse

 pra Hera nunca dissemos

em grego a deusa do amor

em romano  mamilo de Vênus

também a irmã de Helena

 que a um outro rei Prometeu 

provocando a ira em Menelau

quando soube que Páris sou Eu


Dioniso das festas de Baco

 do vinho dos ritos das juras

Afrodite em mim criatura

Bacante que o cosmo me deu

a puta  da ilha de Creta

mulher quando o vinho é na cama

 a que sabe beber do que ama

sem pensar no que  Cronos secreta

 

Artur Gomes

Poema do livro

O Poeta Enquanto Coisa

Editora Penaçux – 2020

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                    poema das invenções

fosse essa jura secreta
brazilírica fulinaimagem
mutações em pré-juizo
muito além da mesa posta
couro cru em carne viva
lambendo suor e cio
como corrente de rio
deságua no além mar
profana sagaraNAgem
nos gumes da carNAvalha
teu corpo em Maracangalha
fulinaimando comigo
agulha no meu umbigo
como uma faca nos dentes
a língua na flor da boca
em transitiva linguagem
ereto poema crescente
rasgando a carne no grito
o gozo nos nervos de dentro
roendo os ossos do mito

Artur Gomes
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