domingo, 24 de agosto de 2025

Jura Secreta

Balbúrdia PoÉtica

 

Federico rasgou a rede

cortou a censura

colocou a dita/dura

                     na parede

 

poesia ali na mesa

geleia geral – relâmpagos

faíscas da surpresa

 

diariamente no blog

https://fulinaimagemfreudelerico.blogspot.com/


XXIII Congresso Brasileiro de Poesia - 25 Anos

De 5 a 10 de Outubro - Bento Gonçalves-RS

Artur Gomes e May Pasquetti se encontram no palco pela 10ª vez no Congresso Brasileiro de Poesia, em Bento Gonçalves-RS

Tudo começou em 2006 quando Artur Gomes, dirigiu no CEFET Bento, uma Oficina de Poesia Falada para montar com estudantes de Bento Gonçalves um recital em comemoração ao centenário do poeta gaúcho Mário Quintana.

May Pasquetti, que além de uma bela atriz é hoje doutoranda em bioquímica na UFRGS, foi uma das alunas selecionadas para o recital, e a partir de então, se tornou, como afirma o próprio poeta, sua grande parceira de palco.

Artur Gomes afirma que May Pasquetti é a grande intérprete de seus poemas, e como musa o inspirou a escrever esta sua

 Jura Secreta 16.

 fosse essa menina Monalisa

e se não fosse apenas brisa

diante dos meus olhos

com este mar azul nos olhos teus

nem sei se Michelângelo,

DaVinci, Dali, ou Portinari

te anteviram no instante

maior da criação

pintura de um arquiteto grego

ou quem sabe até filha de Zeus

e eu Narciso amante dos espelhos

procuro um espelho em minha face

para ver se os teus olhos

já estão dentro dos meus

 O poema foi escrito em 2006, durante a semana de realização do XXIV Congresso Brasileiro de Poesia, e May Pasquetti, diz que - este é o maior presente que uma musa poderia receber de um poeta. Me emociona até hoje.

Este ano, no XXIII Congresso Brasileiro de Poesia, poeta e musa estarão juntos durante a semana, na performance SagaraNAgens Fulinaímicas, que acontecerá em diversos momentos e em diversos pontos da cidade, com algumas surpresas que os dois fazem questão de manter em segredo.

 - É jura secreta - afirma Artur Gomes

no link abaixo

May Interpreta poemas de Artur Gomes, filmada por

Jiddu Saldanha, em Bento Gonçalves-RS - outubro de 2011

https://www.youtube.com/watch?v=NwPHFegj_9c

BARDO Solista

 marginalha

 

os caranguejos explodem no meu crânio

mariposas pousam mas não cantam

borboletas voam mas não falam

os papagaios estão mudos

desde o grito de Cabral: o Terra à Vista!

a amazônia é exterminada por moto-serras ruralistas.

mas juro que não sou correto

juro que não sou decente

poesia é faca entre os ossos

navalha entre os dentes

desde todo tempo as milícias

des(matam) nas favelas

e todo Dia é Dia D Todo Dia É Dia Dela

vivo num brasil subvertido

na cadeia esteve preso um presidente

e os palácios são os covis desses bandidos.

 

Artur Fulinaíma

Juras Secretas - Editora Penalux – 2018

Pátria A(r)mada - Editora Desconcertos - 2019

O Poeta Enquanto Coisa – Editora Penalux- 2020


Intervenção junina

 

era uma noite de junho

inverno não primavera

e eu de poema em punho

fazendo cantigas de amor para ela

mas ela não veio me ver

do outro lado da janela

era uma moça distante

que eu chamava  FlorBela

 

quantas noites sonhei Florbela

em minha cama sozinho

pensando na cama dela

bebia beijos e vinho

era uma vez uma rua

que tinha nome de formosa

não era grande sertão

nem eu era Guimarães rosa

 

mas era noite de junho

e mesmo assim

me sentia um riobaldo

amando diadorim

como se fosse lua cheia

clara como clarão

ela toca fogo em minha pele

incendeia meu coração

 

e 24 de junho

é noite de são joão

e meus fogos de artifícios

são pra chamar sua atenção

a moça que nunca veio

do outro lado da janela

não sabe que é tudo dela

meu céu meu mar meu chão

 

Artur Gomes

www.fulinaimicamente.blogspot.com

cantiga para não morrer

Quando você for se embora

Moça branca como a neve

Me leve 

Se acaso você não possa

Me carregar pela mão

Menina branca de neve

Me leve no coração

Se no coração não possa

Por acaso me levar

Moça de sonho e de neve

Me leve no seu lembrar

E se aí também não possa

Por tanta coisa que leve

Já viva em seu pensamento

Moça de sonho e de neve

Me leve no esquecimento

Ferreira Gullar

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