Balbúrdia PoÉtica
Federico rasgou a rede
cortou a censura
colocou a dita/dura
na parede
poesia ali na mesa
geleia geral – relâmpagos
faíscas da surpresa
diariamente no blog
https://fulinaimagemfreudelerico.blogspot.com/
XXIII Congresso Brasileiro de Poesia - 25 Anos
De 5 a 10 de Outubro - Bento Gonçalves-RS
Artur Gomes e May Pasquetti se encontram no palco pela 10ª vez no Congresso Brasileiro de Poesia, em Bento Gonçalves-RS
Tudo começou em 2006 quando Artur Gomes, dirigiu no CEFET Bento, uma Oficina de Poesia Falada para montar com estudantes de Bento Gonçalves um recital em comemoração ao centenário do poeta gaúcho Mário Quintana.
May Pasquetti, que além de uma bela atriz é hoje doutoranda em bioquímica na UFRGS, foi uma das alunas selecionadas para o recital, e a partir de então, se tornou, como afirma o próprio poeta, sua grande parceira de palco.
Artur Gomes afirma que May Pasquetti é a grande intérprete de seus poemas, e como musa o inspirou a escrever esta sua
Jura Secreta 16.
e se não fosse apenas brisa
diante dos meus olhos
com este mar azul nos olhos teus
nem sei se Michelângelo,
DaVinci, Dali, ou Portinari
te anteviram no instante
maior da criação
pintura de um arquiteto grego
ou quem sabe até filha de Zeus
e eu Narciso amante dos espelhos
procuro um espelho em minha face
para ver se os teus olhos
já estão dentro dos meus
Este ano, no XXIII Congresso Brasileiro de Poesia, poeta e musa estarão juntos durante a semana, na performance SagaraNAgens Fulinaímicas, que acontecerá em diversos momentos e em diversos pontos da cidade, com algumas surpresas que os dois fazem questão de manter em segredo.
no link abaixo
May Interpreta poemas de Artur Gomes, filmada por
Jiddu Saldanha, em Bento Gonçalves-RS - outubro de 2011
https://www.youtube.com/watch?v=NwPHFegj_9c
BARDO Solista
marginalha
os caranguejos explodem no meu crânio
mariposas pousam mas não cantam
borboletas voam mas não falam
os papagaios estão mudos
desde o grito de Cabral: o Terra à Vista!
a amazônia é exterminada por moto-serras ruralistas.
mas juro que não sou correto
juro que não sou decente
poesia é faca entre os ossos
navalha entre os dentes
desde todo tempo as milícias
des(matam) nas favelas
e todo Dia é Dia D Todo Dia É Dia Dela
vivo num brasil subvertido
na cadeia esteve preso um presidente
e os palácios são os covis desses bandidos.
Artur Fulinaíma
Juras Secretas - Editora Penalux – 2018
Pátria A(r)mada - Editora Desconcertos - 2019
O Poeta Enquanto Coisa – Editora Penalux- 2020
Intervenção junina
era uma noite de junho
inverno não primavera
e eu de poema em punho
fazendo cantigas de amor para ela
mas ela não veio me ver
do outro lado da janela
era uma moça distante
que eu chamava FlorBela
quantas noites sonhei Florbela
em minha cama sozinho
pensando na cama dela
bebia beijos e vinho
era uma vez uma rua
que tinha nome de formosa
não era grande sertão
nem eu era Guimarães rosa
mas era noite de junho
e mesmo assim
me sentia um riobaldo
amando diadorim
como se fosse lua cheia
clara como clarão
ela toca fogo em minha pele
incendeia meu coração
e 24 de junho
é noite de são joão
e meus fogos de artifícios
são pra chamar sua atenção
a moça que nunca veio
do outro lado da janela
não sabe que é tudo dela
meu céu meu mar meu chão
Artur Gomes
www.fulinaimicamente.blogspot.com
cantiga para não morrer
Quando você for se embora
Moça branca como a neve
Me leve
Se acaso você não possa
Me carregar pela mão
Menina branca de neve
Me leve no coração
Se no coração não possa
Por acaso me levar
Moça de sonho e de neve
Me leve no seu lembrar
E se aí também não possa
Por tanta coisa que leve
Já viva em seu pensamento
Moça de sonho e de neve
Me leve no esquecimento
Ferreira Gullar
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